terça-feira, 15 de abril de 2008

Apolo - Febo


Apolo e Dafne de Bernini

"Apolo é um dos dois filhos gêmeos de Zeus e de Leto (que Hesíodo apresenta como uma divindade da noite). A sua irmã Ártemis é a deusa da lua, enquanto ele é o senhor do sol.

Apolo nasceu na ilha de Ortígia, uma ilha flutuante que vai fixar-se no centro do mundo grego e tomar o nome de Delos, "A Aparente". No momento do seu nascimento, todas as deusas que estavam reunidas à volta de Leto, soltaram gritos de alegria; depois, lavaram o recém-nascido e envolveram-no em linho branco. Témis alimentou-o com ambrosia e néctar, e Apolo rapidamente se mostrou dotado de uma força invencível e de uma beleza surpreendente.

Então, Zeus ofereceu ao seu filho um carro puxado por cisnes e Hefesto enviou-lhe flechas, especialmente forjadas para o seu uso.

Assim, alguns dias depois do seu nascimento, Apolo, acompanhado por sua irmã, decidiu viajar a fim de escolher o lugar onde estabeleceria o seu culto. O seu carro conduziu-o ao país dos Hiperbóireos, no norte da Grécia, onde ele se demorou algum tempo, partindo depois em direção ao monte Parnaso, na companhia de Ártemis. Ao chegar, Apolo encontrou, numa caverna, um monstro que Hera, com ciúmes de Leto, tinha contratado para se vingar da sua rival e dos seus filhos. Este monstro tinha a forma de uma serpente e era o guardião de um antigo oráculo. Esta, ao aperceber-se da presença de Apolo, investiu contra ele, mas o jovem deus, infalível, matou-a, deixando o seu corpo apodrecer no próprio lugar, que passou a ser conhecido como Pito (do verbo grego que significa: apodrecer), enquanto que a serpente foi apelidada de Píton.

Uma vez purificado nas águas de Peneu, Apolo regressou à sua terra de eleição, a fim de tomar posse e reativar o velho oráculo de Píton. Mas entretanto, o deus vislumbrou, no alto mar, um navio cretense e decidiu, imediatamente, atrair os seus ocupantes para o seu culto. Para esse efeito, transformou-se num golfinho, e saltando à frente do navio, conduziu-os para o seu domínio. Ao chegarem, Apolo retomou o seu verdadeiro aspecto e fez destes homens seus sacerdotes, instruindo-os nos segredos dos imortais. Mas como eles continuaram sempre a chamar-lhe golfinho (delphis), esse lugar passou a ser conhecido pelo nome de Delfos.

Os combates de Apolo

As aventuras e as proezas atribuídas a Apolo são inumeráveis. Enfrentou Héracles quando este, descontente com o oráculo, se apoderou do tripé sagrado onde se encontrava a sacerdotisa de Delfos, a Pítia. Zeus viu-se, então, obrigado a intervir, como mediador, a fim de que o confronto entre os seus dois filhos tivesse fim.

No decurso da campanha contra Tróia, Agamérnrion raptou Criseida, filha do sacerdote de Apolo, e o deus decidiu vingar-se, espalhando uma epidemia de peste entre os Gregos, e obrigando o seu chefe a libertar a cativa.

Apolo não tolerava afrontas, mas quando não fazia uso do seu arco e das suas flechas, dedicava-se à música. Um dia, o sátiro Mársias decidiu desafiar Apolo no domínio musical. Midas, rei da Frígia, juntamente com as Musas, foram escolhidos como árbitros deste concurso. As Musas pronunciaram-se a favor de Apolo, mas Midas preferiu a flauta dupla de Mársias à lira do deus. Como castigo, Apolo dotou-o de umas orelhas de burro. Quanto ao sátiro, o deus mandou suspendê-lo num pinheiro.

Apolo gozava, no Olimpo, de protecções privilegiadas. O seu pai Zeus dedicava-lhe uma afeição muito particular. Assim, quando o deus do sol se manifestava, todos os imortais se erguiam imediatamente, e enquanto a sua mãe o aliviava das suas armas, o rei dos deuses ofertava-lhe uma taça de néctar. Então, Apolo, com a sua beleza surpreendente, fazia brotar da sua lira sons verdadeiramente divinos, acompanhados em coro pelas Musas. E logo todo o Olimpo se punha a cantar e a dançar.

Esta realidade não impediu, no entanto, que Apolo entrasse em conflito com Zeus.

A primeira vez foi quando Apolo participou numa conspiração organizada por Hera. Esta, cansada e ofendida com as infidelidades do seu marido, convenceu Posídon e Apolo a acorrentarem-no. Mas Tétis fez abortar o golpe de Estado, pedindo ajuda ao temível Briareu, o gigante com dez mãos. Zeus, furibundo, condenou o seu irmão e o seu filho a um certo tempo de servidão, às ordens do rei de Tróia, Laomedonte. Posídon foi encarregado de construir as muralhas da cidade de Tróia e Apolo de guardar os rebanhos do rei. Quando estes terminaram o seu trabalho, Laomedonte recusou-se a pagar-lhes o seu salário e ameaçou-os, dizendo que lhes cortava as orelhas no caso de insistirem. Então, Posídon soltou um monstro devastador e Apolo difundiu a peste por toda a região.

O segundo conflito entre Apolo e o seu pai foi desencadeado pelo rei do Olimpo. Com efeito, Zeus, cansado de ver o deus da medicina, Asclépio, ressuscitar os mortos, pondo assim em causa o cicio da natureza, decidiu fulminá-l0 com um raio. Mas Asclépio era o filho preferido de Apolo, que se vingou, imediatamente, matando os ciciopes que tinham fabricado o raio assassino.

Os amores de Apolo
Apolo não foi insensível ao amor, muito embora a tradição não lhe atribua nenhuma união legítima. Ele amou e foi muito amado, mas apesar de tão dotado de dons, quer físicos quer espirituais, conheceu várias vezes seguidas o sofrimento e a humilhação.
A ninfa Dafne, filha da Terra, foi a primeira a repelir os avanços do deus. Um certo dia, quando Apolo decidira vergá-la ao seu amor, a ninfa fugiu. Mas o deus perseguiu-a e encontrou-a. E quando se preparava para prendê-la com as suas mãos robustas, esta, desesperada, pediu ajuda a sua mãe, a Terra, que se abriu e fechou sobre Dafrie. Nesse mesmo lugar, nasceu algum tempo depois um loureiro (em grego: daphné) e Apolo transformou-o numa árvore sagrada, a árvore apoliniana, por excelência.

Corónis era filha do rei dos Lápidas. Apolo desejou-a e possuiu-a, mas a princesa ficou grávida e, temendo não manter o amor do deus durante toda a vida, decidiu desposar um mortal. Acontece que Apolo foi informado da notícia e condenou Corónis e o seu marido à morte. Mas estavam os dois cadáveres a arder na pira fúnebre, quando o deus veio retirar do corpo da mãe, o seu filho, ainda vivo. Asclépio foi então confiado ao centauro Quiron, que lhe ensinou a arte da medicina.

Outra mortal amada pelo deus do sol foi Cassandra, uma das filhas de Príamo, rei de Tróia. Apolo ensinou-lhe a ciência profética, a troco de ela ceder à sua paixão. Mas, uma vez iniciada, Cassandra recusou-se a cumprir a sua promessa. No entanto, ainda permitiu um beijo ao seu apaixonado, e este aproveitou a ocasião para depositar na sua boca uma maldição: as profecias de Cassandra nunca seriam tomadas a sério, por ninguém.

As atribuições de Apolo
Apolo, embora não pertença à primeira geração dos Olímpicos, é considerado, na Antiguidade, como uma das divindades mais importantes do seu panteão.

A sua faceta mais importante é a de deus solar, como podemos verificar pelos seus epítetos: "O Dourado", o deus "com cabelos de ouro" e, sobretudo, "o brilhante", que os romanos transformaram em Febo.

A sua faceta de deus solar torna-o um deus benéfico e purificador. É ele que faz germinar a vida e espalha a felicidade, apresentando-se por isso, quer como um deus pastoril quer como um deus poeta e músico, o Musageta (o condutor das Musas).
Como divindade da luz, Apolo deverá combater a obscuridade e, por essa razão, o seu oráculo tem por missão projetar a claridade sobre as sombras que roubam aos humanos o conhecimento. Mas o sol benéfico e purificador pode ser, também, um agente de destruição. Deste modo, os raios solares eram entendidos, pelos gregos, como flechas assassinas disparadas pelo cruel arqueiro. As mesmas flechas que, certamente, mataram todos os filhos da arrogante Níobe. É esta faceta da personalidade do deus que pode, de resto, explicar o seu nome (o verbo grego apoilumi significa destruir).

O Apolo antigo, dito de "Belvedere", influenciou Michelangelo e todos os escultores italianos do Renascimento."

Fonte: dicionario-de-mitologia-grega-e-romana.com.br

7 comentários:

Anônimo disse...

Gabriel 5e
eu adorei a história de Apolo e não sabia que ele era gemeos

Anônimo disse...

Eu adoro as histórias de Apolo!


Náthalia 4b

Anônimo disse...

Gabriel e Henderson

Apolo gemeo de Artemis eles sao impiedosos
e matam todos que os desafiam e dizem que são melhores que eles e ja mataram muitas pessoas.principalmente na Grécia e em Troia

Anônimo disse...

Eu adoro os deuses,principalmente Ártemis.Castigando os outros por inveja,ártemis se acha muito bonita,e seu castigo é como uma matança na grécia


BRENO e VITOR

Anônimo disse...

Nós achamos Apolo d+!!!
Aprendemos muita coisa ate agora sobre a mitologia grega e estamos adorando!!!

Queremos aprender um pouco mais e adoramos a professora.

Bruno e Rafael
5ª B

Anônimo disse...

Eu AMEI A HISTORIA DE Apolo...Eu e minha parceira achamos muito interessante a mitologia grega.


Sarah & Júlia
5D_Manha

Anônimo disse...

Deusa da Lua e da Caça.
"Ártemis, na mitologia grega, era uma das doze divindades do Olimpo, a mais popular das deusas do panteão grego, filha de Zeus e Letó. Associada pelos romanos com Diana, era a deusa da floresta e regia os deuses e deusas da caça, pois era protetora dos animais selvagens, especialmente dos ursos. Também era protetora das mulheres, por isso era a deusa do parto
Jarbas e Vitor